Seleção de filmes para celebrar o dia nacional da visibilidade lésbica
Dia 29 de agosto se comemora o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, data em que ocorreu, em 1996, o 1º Seminário Nacional de Lésbicas - Senale. Pra celebrar essa data tão importante, a Paula Ramos fez essa curadoria audiovisual maravilhosa de séries & filmes de protagonismo lésbico. Estes filmes trazem assuntos como descobertas, relacionamentos, dramas, protagonismo feminino e negro dentro do universo lésbico, desmitificando e quebrando padrões heteronormativos, por consequência. Espero que gostem!
1. Azul é a cor mais quente (2013) - França
Adèle é uma jovem estudante colegial que, em meio ao seu universo escolar extremamente heteronormativo, conhece Emma, sua primeira grande paixão. Emma, mais velha, estudante de Belas Artes, está prestes a se formar em seu ano final da faculdade. Com ela, Adèle mergulha numa intensa troca de prazeres e descobertas; apesar da diferença de classe, cultura e educação entre elas. Silenciamento e insegurança são pautas importantes que também norteiam o enredo do filme.
Wet scale: 🔥 🔥 🔥 🔥 🔥
Palavras-chave: Descoberta, drama, cinema europeu.
2. Rafiki (2018) - Quênia
Com mulheres negras presentes atuando e dirigindo o filme, Rafiki é drama queniano banido pelo seu país de origem, mas que, no entanto, ganhou visibilidade ao redor do mundo. Duas jovens destinadas (pela sua origem familiar) a serem rivais começam a se conhecer e se apaixonam. Porém, na busca de viver com naturalidade o seu amor, elas passam por extensas frustrações por viverem numa sociedade extremamente preconceituosa e conservadora, o que as leva a decidirem entre viver o seu amor e/ou distanciarem-se a fim de conseguir viver com segurança e dignidade.
Palavras-chave: Descoberta, drama, protagonismo negro.
3. Retrato de uma jovem em chamas (2019) - França
França, século XVIII: Marianne, uma jovem artista, é chamada para pintar um retrato de Héloise, uma jovem nobre de família tradicional. O objetivo do retrato de Héloise é promover sua figura para seu futuro marido, mesmo sem o consentimento dela. Durante alguns dias isoladas numa ilha, Marianne e Héloise se apaixonam e vivem intensos dias de amor e troca até chegar a hora de entregar o quadro (e Héloise) à seu futuro marido. Comovente e muito intenso.
Palavras-chave: Drama, cinema europeu.
4. Pariah (2011) - EUA
Alike é uma jovem afro-americana de 17 anos que se descobre lésbica. Morando no subúrbio estadunidense e carregada de pressões sociais como mulher (e mulher negra), ela enfrenta uma série de desafios dentre sua baixa alto-estima, viver de acordo com os sonhos moldados à ela por seus pais ou viver com honestidade e assumir a sua homossexualidade abertamente. Pariah é um filme extremamente representativo no que tange o ser lésbica e a forte luta de construção de sua identidade.
Palavras-chave: Descoberta, drama, protagonismo negro.
5. Below Her Mouth (2016) - Canada
Com alto teor erótico e sensual, Below Her Mouth é um filme que narra a história de Jasmine e Dallas. Jasmine, editora de moda e noiva de um executivo, e Dallas, carpinteira que começa a trabalhar num projeto na casa ao lado de Jasmine. Elas se conhecem numa festa, e Jasmine impressionada com a forma com que Dallas a seduz, não consegue tirá-la da cabeça. Um affair extremamente intenso se inicia cujo sentimento evocado vai conduzir Jasmine, inevitavelmente, a reavaliar sua vida. Um highlight importante é sua equipe formada totalmente por mulheres, desde direção, produção e elenco femininos.
Wet scale: 🔥 🔥 🔥 🔥 🔥
Palavras-chave: Descoberta, Romance, Equipe feminina.
6. The Watermelon Woman (1996) - EUA
“The Watermelon Woman (1996), Cheryl Dunye, é um modelo híbrido de ficção/documentário. A dupla encenação vai da busca de uma atriz negra do cinema mudo ao cotidiano da própria diretora/personagem. Uma associação entre forma e conteúdo permite igualar-se à representação da personagem o deslocamento dos gêneros cinematográficos, tornando o filme uma performance queer, em que a história sobre a vida da mulher-melancia e a realidade de Cheryl se mesclam, dando visibilidade à mulher negra e lésbica.” (De Lima, M; De Lyra, M; e Carlos Magno, M; 2018)
Referência: A performance queer na dupla encenação do filme the watermelon woman. Por Marília Xavier de Lima, Maria Bernadette Cunha de Lyra, Maria Ignês Carlos Magno
Palavras chave: Queer, relacionamento inter-racial, documental
7. (Série) The L word Generation Q - EUA
Advinda da anterior série The L Word com 6 temporadas, a qual também vale (re)ver, The L Word Generation Q chega para expandir a interseccionalidade do ser LGBTQIAP+. A nova série combina a expansão da pluralidade de suas personagens com a sua trama original recheada de amor, sexo, decepções e sucessos na cidade de Los Angeles. Com algumas personagens marcantes presentes na série anterior, como Shane, Bette e Alice - Katherine Moennig, Jennifer Beals, Leisha Hailey, respectivamente -, a versão Generation Q volta com o melhor do anterior: muito amor e drama lésbico. Amém!
Wet scale: 🔥 🔥 🔥 🔥 🔥
Palavras chave: Drama, relacionamento, LGBTQIAP+
E aí, quais dessas vocês ja conheciam? Quais vocês tão mais afim de ver? nos conta nos comentários!
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