Pular para o conteúdo

Carrinho

Seu carrinho está vazio :(

Orgasmo como analgésico

Orgasmo como analgésico

Menos dor, mais orgasmo

O orgasmo é uma potência única de transformação das sensações e dos sentidos do nosso corpo. Além de inúmeros benefícios para a saúde, um dos mais interessantes é sua capacidade de atuar como um analgésico natural. Um artigo publicado pela Sexual Medicine Reviews analisa evidências de que, neurologicamente, o orgasmo está completamente ligado ao sistema de dor.

A sensação de orgasmo pode ser considerada, paradoxalmente, uma forma de "dor não aversiva", atenuando a dor sem afetar os limiares táteis. Inversamente, a dor (como por exemplo, a vivenciada com o vaginismo) é bem conhecida por bloquear o orgasmo. O orgasmo ocorre com a ativação simultânea dos sistemas simpático e parassimpático, e as regiões cerebrais que classicamente respondem à dor também são seletivamente ativadas durante o orgasmo, e contêm interneurônios inibitórios que podem fornecer uma ligação inibitória recíproca entre os sistemas.

É importante deixar claro que embora existam essas conexões entre orgasmo e dor, não devemos normalizar sentir dor durante o sexo! Existe uma diferença radical entre uma pessoa que deixa muito claro que deseja experienciar algum tipo de dor durante o ato (como por exemplo, com um tapinha) daquelas que enfrentam dores crônicas causadas pelo vaginismo e dispareunia. Se você sente dor durante o ato sexual, procure uma médica de confiança.

Durante uma atividade sexual, nosso corpo libera substâncias que promovem não só o prazer, mas o conforto, o descarregamento e bem-estar que podem reduzir a percepção da dor. 

Quais substâncias causam essa sensação?

Endorfina: A mais famosa substância liberada pelo corpo em momentos prazerosos, não seria diferente durante a atividade sexual! Age como um potente analgésico natural atuando no controle de dores e tensões musculares. Um ótimo motivo para gozar, não é?

Oxitocina: Mediadora do prazer, conhecida como o hormônio do amor, é manifestada quando estamos perto de quem nos faz bem. Estudos mostram que níveis elevados de oxitocina estão associados a uma maior resistência à dor, tornando o sexo e o orgasmo atividades não apenas prazerosas, mas também terapêuticas.

Dopamina e Serotonina: A liberação de dopamina e serotonina durante o orgasmo ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, fatores que podem agravar a percepção da dor. Esse estado de relaxamento físico e mental após o orgasmo não só ajuda a aliviar dores imediatas, como também melhora a qualidade do sono, proporcionando um alívio mais duradouro. Gozar e dormir, gostoso demais!

Tesão que modula a dor

Além disso, um estudo adicional (The influence of sexual arousal on subjective pain intensity during a cold pressor test in women)  comprovou que o aumento da circulação sanguínea durante a excitação sexual também é um fator considerável, principalmente em corpos com pênis. Portanto, não é somente o orgasmo em si que pode colaborar no sentido analgésico; o próprio tesão já nos ajuda a modular a dor, proporcionando maior bem-estar para o nosso corpo.

Para uma manutenção constante dessa excitação, diferentes estímulos – visuais, auditivos, e físicos – serão nossos melhores aliados para explorarmos toda essa potência não só de prazer, mas de redução do estresse, ansiedade, dores de cabeça, musculares e cólicas. Aproveite para se estimular durante os momentos de relaxamento e antes de dormir, para intensificar o efeito analgésico e garantir uma noite de sono tranquila e gostosa, seja com um lovinho ou sozinha!

_

Fontes: 

https://academic.oup.com/smr/article-abstract/11/4/291/7252285

Artigo publicado no Sexual Medicine Reviews, Edição 4, Outubro de 2023

Deixar comentário

Este site é protegido por hCaptcha e a Política de privacidade e os Termos de serviço do hCaptcha se aplicam.

Os comentários precisam ser aprovados antes da publicação.