Goze como uma mulher lésbica
Não só no Dia da Visibilidade Lésbica, mas sempre
Quando o assunto é frequência de orgasmos no sexo, existe uma diferença de 21% entre mulheres lésbicas e hétero, segundo um estudo* realizado em 2018 com 52 mil pessoas adultas. E é claro que são as lésbicas que estão na frente nesse quesito.
No sexo hétero 95% dos homens relataram que normalmente ou sempre tinham orgasmo, apenas 65% das mulheres relataram o mesmo. Enquanto 86% das mulheres lésbicas relataram que normalmente ou sempre tinham orgasmo durante o sexo.
E por quais motivos as lésbicas gozam mais? Temos algumas ideias possíveis:
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Conhecer e se interessar pela anatomia
Se você é lésbica e tem vulva, por exemplo, faz sentido saber instintivamente o que fazer com a vulva de outra pessoa. O auto estudo é o primeiro passo.
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Não são porn based
No mundo lésbico não se consome pornografia heterossexual convecional, que mostra preliminares mínimas, bombeamento constante e orgasmos vaginais irreais, o que faz com que se crie outra narrativa para o sexo.
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O foco não está na penetração
Quem sabe da importância do clitóris para o prazer, já sabe. A imaginação é o limite, e por ser um caminho de descoberta, as possibilidades são imensas, seja com as mãos, língua, dildos, toys.
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Existe (muita) comunicação
Cada um fica excitade com coisas diferentes. E por mais que alguns corpos tenham a mesma anatomia, a resposta ao toque se dá de forma única em cada um, assim como a construção emocional.
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O sexo é mental
Anos de construção patriarcal fizeram com que a gente relacionasse excitação com um processo físico, quando estar no mood para transar é um processo totalmente mental e que cada um tem um tempo. Se sentir confortável e aberte é essencial para a qualidade (e quantidade) dos seus orgasmos!
O sexo lésbico pode ser muito imaginativo e intuitivo. Mas está tudo centrado no prazer: dar e receber. Se todas as sexualidades empregassem um pouco dessa imaginação e generosidade queer, haveria muito mais orgasmos acontecendo. Esperamos que todas as pessoas tenham seu prazer reconhecido e explorem também seu prazer individualmente - assim como mulheres lésbicas têm feito.
*Dia 29 de agosto se comemora o Dia da Visibilidade Lésbica no Brasil, data em que ocorreu, em 1996, o 1o Seminário Nacional de Lésbicas, o Senale.
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